A crise económica e financeira parece estar cada vez mais longe da realidade portuguesa. Num sinal claro da evolução económica, as taxas de juros cobradas no crédito à habitação aumentaram pelo segundo mês consecutivo em agosto.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo Jornal Económico, a taxa de juro de referência no crédito à habitação subiu 0,5 pontos base, de 1,009% em julho para 1,014% em agosto.
No que refere aos empréstimos para a compra de casa concedidos nos últimos três meses, a taxa ascendeu a 1,696% em agosto, o que representou uma subida de 1,5 pontos base face aos 1,681% registados em julho passado.
Após perto de três anos de quedas nas taxas de juros, esta tendência é positiva para a economia, mas representa uma má notícia para as famílias no momento de pagar a prestação do crédito à habitação.
O comunicado do INE sublinha que no que refere ao financiamento para a compra de casa “a taxa de juro implícita para o total dos contratos foi 1,035%, valor 0,6 pontos base superior ao observado no mês anterior (1,029%) ”.
Contratos novos mais caros
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, “o valor médio da prestação fixou-se nos 316 euros em agosto, mais 14 euros do que o observado no mês precedente”, segundo o INE.
A subir está também a prestação média vencida, onde os 239 euros registados em agosto traduzem um aumento de um euro face ao mês anterior.
Já o valor médio do capital em dívida para os contratos de empréstimo para a compra de casa do último trimestre cresceu, de 91.052 euros para 92.715 euros, a que corresponde uma subida de 662 euros.
Por outro lado, o capital em dívida na totalidade dos contratos foi inferior ao do mês anterior, caindo para 51.592 euros mensais, menos 32 euros do que em julho.